terça-feira, 2 de novembro de 2010

Carta nº 1

Pequena, 


  Você não vai entender nada disso agora, eu sei. A intenção é que você leia estas coisas daqui um tempo e possa ver como eu era, como eu costumava ser hoje.  
  Bem, hoje eu não sei onde ou como você está. Só sei que eu sinto muito a sua falta e você nem lembra de mim. E ainda não vai lembrar por um bom tempo. Talvez nem lembre. 
  
  A primeira vez que eu te vi, juro, tive medo de te pegar no colo. Confesso que eu não estava muito confortável naquela situação, mas aquele sorriso banguelo me desarmou totalmente. Você era tão pequenininha, tão frágil que eu tive vontade de te proteger do resto do mundo. Sei que eu não posso fazer isso. E, agora, muita coisa deve ter te acontecido. Muita gente deve ter te machucado, com ou sem intenção de fazer isso. Da mesma forma que aconteceu comigo e com um bando de gente. Mas, nunca deixe de confiar nas pessoas, como eu mesma não deixei. Ainda vale a pena, meu amor, pode acreditar. Continue confiando e amando, sempre.


Hoje, eu sou alguém com saudade de você. 


Com todo o meu amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário